13/09/2023
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), que faz o levantamento mensal das vendas, foram 9.351 unidades emplacadas, o que representa um aumento de 25% em relação ao recorde de julho e de 120% na comparação com agosto do ano anterior.
Os carros elétricos e híbridos representaram 4,7% do mercado total de automóveis e comerciais leves no mês passado, um aumento significativo em relação aos 2,5% registrados em agosto de 2022. O acumulado do ano também mostra um crescimento expressivo: foram 54.478 unidades vendidas de janeiro a agosto de 2023, contra 24.561 no mesmo período do ano anterior, uma alta de 122%.
Os modelos mais vendidos em agosto foram:
A BYD foi a líder de vendas de carros elétricos e híbridos plug-in no Brasil, com 656 unidades emplacadas, superando a soma de todas as outras fabricantes, que alcançaram 511 unidades. O BYD Dolphin foi o carro elétrico mais vendido do país, com 400 unidades, seguido pelo BYD e5, com 150 unidades, e pelo BYD e6, com 106 unidades. Entre os híbridos, os mais vendidos foram o Toyota Corolla Cross Hybrid, com 100 unidades, e o Toyota Corolla Hybrid, com 90 unidades.
Pontos positivos e negativos para o Brasil
A expansão das vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil traz uma série de benefícios para o país, como:
• A redução das emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.
• A melhoria da qualidade do ar nas cidades, que afeta a saúde e o bem-estar da população.
• A economia de combustível e energia, pois os carros elétricos e híbridos têm um custo operacional menor do que os carros a gasolina ou diesel, além de terem isenção ou redução de impostos, como o IPVA e o IPI.
• A inovação tecnológica, pois os carros elétricos e híbridos envolvem componentes mais complexos e sofisticados, que exigem pesquisa e desenvolvimento.
Por outro lado, também há alguns desafios e obstáculos a serem superados, como:
• O custo dos carros elétricos e híbridos, que ainda têm um preço de compra mais alto do que os carros a gasolina ou diesel, dependem da importação de peças e da escala de produção.
• A falta de infraestrutura de recarga, que limita a autonomia e a conveniência dos carros elétricos e híbridos, especialmente nas rodovias e nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.
• A dependência da matriz energética nacional, que é predominantemente hidrelétrica e pode sofrer com a escassez de água em períodos de seca, compromete a oferta de energia elétrica para os carros.
• A tributação diferenciada entre os estados, cria uma distorção no mercado e dificulta a competitividade dos carros elétricos e híbridos, que podem ter alíquotas maiores ou menores dependendo da localização.
• A necessidade de capacitação da mão de obra, tanto para a fabricação quanto para a manutenção dos carros elétricos e híbridos, que demandam conhecimentos específicos e atualizados.
Para estimular o mercado de carros elétricos e híbridos no Brasil, é preciso que haja uma política pública integrada e consistente, que envolva:
• Incentivos fiscais, como a redução ou isenção do IPI, do ICMS, do PIS/COFINS e do Imposto de Importação para os carros elétricos e híbridos.
• Financiamentos facilitados, como linhas de crédito especiais com juros baixos e prazos longos para a compra de carros elétricos e híbridos.
• Padronização dos conectores, como a adoção de um modelo único e universal para os cabos e as tomadas dos carros elétricos e híbridos, facilitando a compatibilidade entre os veículos e as estações de recarga.
• Ampliação da rede de recarga, como a instalação de mais pontos públicos e privados para abastecer os carros elétricos e híbridos, com uma distribuição equilibrada pelo território nacional.
• Educação ambiental e conscientização dos consumidores, como a divulgação dos benefícios dos carros elétricos e híbridos para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade, incentivando a mudança de hábitos e a escolha por veículos mais sustentáveis.
Os carros elétricos e híbridos são uma tendência global que traz vantagens para o Brasil, como a redução das emissões de poluentes, a economia de combustível e a inovação tecnológica. No entanto, eles também enfrentam desafios, como o custo elevado, a falta de infraestrutura de recarga, a dependência da matriz energética, a tributação diferenciada e a necessidade de capacitação. Para superar esses obstáculos e estimular o mercado, é preciso que haja uma política pública integrada e consistente, que envolva incentivos fiscais, financiamentos facilitados, padronização dos conectores, ampliação da rede de recarga, educação ambiental e conscientização dos consumidores.
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